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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Filme: "Você vai conhecer o homem dos seus sonhos"



O filme nos permite reflexões interessantes.O que é realidade ou ilusão? Envelhecer e aproximar-se da morte é algo ruim? Apesar da visão bem humorada de Woody Allen, notamos seu pessimismo sobre a vida sempre presente. Uma boa oportunidade para identificarmos tendências parecidas em nós. Allen cultiva o pessimismo declaradamente. E você, como escolhe olhar para a vida?
A visão negativa de Allen pode servir como contraponto para o que buscamos na forma metafísica de pensar. Na matéria abaixo, destaco em cor diferente uma análise metafísica da visão do autor.

Woody Allen faz graça com a morte em "Você Vai Conhecer o Homem de Seus Sonhos"
Carlos Helí de Almeida
Colaboração para o UOL, do Rio

Trata-se de uma comédia romântica ambientada em Londres, na qual o responsável por clássicos como "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" (1977) e "A Rosa Púrpura do Cairo" (1985) retoma temas (e obsessões) que lhe são caros, como morte, traição, crises criativas e romance entre homens maduros e mulheres mais jovens.
O fio condutor é Helena (Gemma Jones), que acaba de ser deixada pelo marido (Anthony Hopkins), com quem fora casada por mais de 40 anos. Ela procura a ajuda de uma vidente para guiar seus passos, mas fica obcecada com as previsões dela.
Enquanto isso, o ex-marido busca conforto no casamento com uma prostituta, e a filha do casal (Naomi Watts) tenta equilibrar a vida com o marido (Josh Brolin), promessa de escritor bem-sucedido que nunca se cumpriu. Este flerta com Dia (Freida Pinto), a jovem vizinha, enquanto a mulher descobre-se interessada pelo novo chefe, o galante galerista Greg (Antonio Banderas).
Em Cannes, Allen esbanjou bom humor mesmo quando o tema era a inexorável passagem do tempo. "Envelhecer é uma tarefa idiota. Não há vantagem nenhuma nisso. As costas doem mais, as indigestões são mais frequentes... Da visão, então, nem se fala. Então, lhes digo: envelhecer é um péssimo negócio. Aconselho todos vocês a evitarem isso", ironizou o diretor de 74 anos. Talvez o envelhecer se dê dessa forma para pessoas que pensem dessa forma, afinal o ser humano é o criador de seu destino a todo momento, com cada um de seus pensamentos. Sabemos que existem pessoas que envelhecem sem todos esses inconvenientes. Conheço uma senhora de 92 anos que costura e coloca linha na agulha sem usar óculos. Somente um exemplo, tenho outros.
A idade, segundo ele, também o impede de voltar ao cinema como ator. Ele prefere, sabiamente, entregar o papel de mocinho de seus filmes a atores mais jovens. Em "Você Vai Conhecer o Homem de Seus Sonhos" é fácil vê-lo nos personagens de Brolin ou mesmo Hopkins, homens que farão todo o possível para conquistar a mulher cobiçada.
"Interpretei o protagonista romântico por muitos anos. Mas envelheci e não vejo mais diversão na ideia de encarnar o cara que não consegue ficar com a garota no final do filme", explicou Allen que, ironicamente, há anos é casado com a ex-enteada Soon Yi, décadas mais jovem do que ele. "Então, eu fico ali, no canto, dirigindo o filme. Prefiro ser o sujeito que senta diante da mocinha em um restaurante e mente para ela. Se não encontro um jeito de ficar com ela, não farei esse papel de jeito nenhum".
O título original da comédia ("You Will Meet a Tall, Dark Stranger"), como lembrou o diretor, tem sentido duplo: remete a um clichê da clarividência e, ao mesmo tempo, ao "o estranho alto e negro que todos nós, eventualmente, encontraremos algum dia, queiramos ou não, a Morte".
Ainda segundo Allen, todos os personagens estão ansiosos para reinventar suas vidas, encontrar um novo amor, até porque têm consciência de que caminham inexoravelmente na direção do inevitável. "Você Vai Conhecer o Homem de Seus Sonhos" está carregado do pessimismo de seu autor. "Meu relacionamento com a morte permanece o mesmo: sou inteiramente contra", zombou o diretor. "Sou uma pessoa pessimista, desde menino. Sempre tive a impressão de que a vida é um pesadelo, uma experiência sofrida e sem sentido e que a única forma de ser feliz é ter ilusões". Daí que a única personagem do filme (Helena, Gemma Jones)que tem um "final feliz" é caricaturizada como uma iludida e obcecadamente crente e ingênua. Será ela insana ou docemente crente? Creio que uma pessoa metafísica possa viver acreditando e sentindo a continuidade da vida. E assim ela não precisará viver ansiosa como os personagens do filme, que, na verdade, retratam muito bem como quase todos nós vivemos. Allen coloca que às vezes as ilusões funcionam mais que a medicina. Eu colocaria que crenças positivas quase sempre funcionam mais que a medicina.
Allen já não tem mais tanta certeza se a velhice deixa o ser humano mais sábio. "A gente não fica mais inteligente, meloso ou gentil com a idade", garante o diretor. "Nada de bom realmente acontece. A gente só tem mais dor nas costas, mais indigestões, menos visão, e até precisa de ajuda para ouvir melhor. Envelhecer é um mau negócio e aconselho a todos a não fazê-lo".

No começo do filme ouvimos que a vida é cheia de som e fúria e que no final não significa nada! Afinal termina com a morte após uma queda na qualidade de vida. Acho a vida cheia de significados, dos mais belos, a percebo como uma sequência infinita de situações divinamente alinhavadas umas às outras!