Núcleo de Metafísica

Você gostaria de melhorar algo no seu relacionamento? Não espere o outro mudar, descubra qual é a sua parte para tornar sua relação melhor e faça o amor dar certo.

Você está só? Descubra como conhecer pessoas e ficar pronto para um novo relacionamento.

www.nucleometafisica.com.br

contato@nucleometafisica.com

São Paulo
Av. Senador Casimiro da Rocha, 994 - Vila Mariana
Fone: (11) 2574-2815

Rua Jarinu, 611 - Tatuapé
Fone: (11) 94979-3502

Campinas
Rua Gil Vicente, 43 - Taquaral
Fone: (19) 99224-0023


terça-feira, 19 de março de 2013

Filme "O outro lado da rua" - Maravilhoso!!!!!!





Um filme que ilustra com poesia, leveza, humor e realidade como uma pessoa pode se endurecer e se fechar para a vida. O que a mágoa e a decepção com os outros pode nos fazer. E como vale a pena voltarmos a nos abrir, até mesmo para quem nos magoou. Há uma linda vida à nossa espera além das ilusões e do isolamento em que cada um de nós às vezes se coloca.
Assista e aproveite para refletir se, de alguma forma, você não se magoou com alguém ou com a vida e não acabou se  isolando...
"Você está lá fora, vivendo intensamente ou, por vezes, se percebe à janela observando o outro lado da rua????"
Por Cristiane Lucchetti

Abaixo crítica de Érico Borgo em www.omelete.uol.com.br
No filme, o diretor estreante propõe uma interessante mescla de estilos, que começa vagando pelo policial, resvala no suspense e culmina em um drama honesto, sem sensacionalismos, que explora um tema pouco abordado no cinema nacional: o prazer da descoberta, o desejo e o romantismo na velhice.
Para a atriz principal, Bernstein garante que logo pensou em Fernanda Montenegro, vencedora do Festival de Berlim em 1998 e indicada ao Oscar pelo seu trabalho em Central do Brasil.  O protagonista veio como conseqüência imediata - era necessário alguém da mesma grandeza que a consagrada atriz. Assim, a produção também marcou o primeiro encontro de Montenegro e Raul Cortez no cinema, depois de diversos projetos juntos no teatro. A decisão não poderia ter sido mais acertada. Os atores principais provam que continuam sinônimo de excelência em atuação no Brasil e quebram tabus ao realizar - ambos com 74 anos de idade - uma apaixonada cena de sexo, extremamente verossímil.
O filme conta a história de Regina (Montenegro) uma mulher de 65 anos de idade, dotada de sinceridade em excesso e ácido senso de humor. Tais atributos a tornam uma pessoa isolada, pouco apreciada e sem amigos. Seu convívio social restringe-se à cadelinha Betina e ao neto, que ela apanha esporadicamente na escola, já que mal fala com o filho e tem horror aos idosos do bairro, que passam os dias a jogar dominó.
Para esquecer a solidão e manter-se ativa, ela participa de um serviço da polícia, no qual aposentados denunciam pequenos delitos. Mas Regina, codinome "Branca de Neve", leva o ofício com seriedade.
Como o personagem de James Stewart em Janela indiscreta (Rear Window, de Alfred Hitchcock, 1954), ela passa o tempo vigiando com seu binóculo o que acontece nos prédios do outro lado da rua. Assim, a "investigadora" presencia o que lhe parece ser seu maior caso: um homem (Cortez) matando sua esposa com uma injeção letal. Ela chama seus contatos na polícia, mas o óbito é dado como morte natural. Desmoralizada, a mulher resolve provar que estava certa e acaba, lentamente, envolvendo-se com o suposto assassino. No processo, descobre que "o outro lado da rua", que ela sempre encarou com tanto desdém, pode não ser assim tão assustador.
Enfim, um ótimo debute para Bernstein que, de cara, também acerta no ponto em que boa parte dos cineastas contemporâneos falha: ele soube perfeitamente quando terminar sua história, deixando espaço para a imaginação do público. E o público agradece.